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Jornal Rompendo a Lama dá voz a denúncias contra a mineração em MG

Foto do escritor: Campanha Janeiro MarromCampanha Janeiro Marrom

Atualizado: 10 de jan. de 2020

No mês de setembro de 2019, foi lançado o jornal Rompendo a Lama, uma publicação com tiragem de vinte mil exemplares, realizado pelo Movimento pelas Serras e Águas de Minas (MovSAM) com o apoio do Fundo Socioambiental Casa e do Instituito Guaicuy.


O Projeto Rompendo a Lama objetiva contribuir para a conscientização e a defesa dos direitos das pessoas ameaçadas por barragens de rejeitos de mineração. Além do jornal geral, foram realizados encartes para dar voz às questões vivenciadas pela população em dez regiões: Nova Lima e Itabirito; Barão de Cocais, Santa Bárbara e Rio Piracicaba; Raposos, Sabará, Rio Acima e Caeté; Conceição do Mato Dentro, Dom Joaquim e Alvorada de Minas; Itabira e Santa Maria de Itabira; Congonhas e Belo Vale; Brumadinho, Sarzedo e Ibirité; Norte de Minas e Paracatu; Mariana e Catas Altas; Araxá, Tapira e Patrocínio (acesse os encartes nos links).


Em seu editorial, o jornal geral traz a seguinte reflexão:

"Depois que o assunto deixou de ser de interesse dos grandes veículos de comunicação, cinegrafistas e repórteres foram deixando a região de Brumadinho, em Minas Gerais. As manchetes dos jornais e sites de notícias não mostram mais, com a mesma intensidade, o que acontece nos municípios mineiros assombrados pelas barragens. E não são apenas os rompimentos que tiram o sono e a paz das pessoas. A lama invisível e todas as consequências de se ter uma mineradora como vizinha inviabilizam, sobretudo, o direito de viver com dignidade. E como uma pessoa pode viver sem dignidade e paz e com o risco de perder a vida soterrada?


O crime ambiental da Vale em Brumadinho - com a morte de 248 pessoas e 22 corpos ainda não encontrados - inaugurou um período sombrio na história do estado de Minas Gerais. Desde o dia 25 de janeiro de 2019, o Brasil e o mundo passaram a conhecer os riscos a que pessoas e meio ambiente estão expostos diariamente em decorrência da atividade minerária. Mas não é novidade para quem já convive de perto que tal atividade é sinônimo de destruição. Para quem vive sob a lama invisível, a dor, o medo e a insegurança estão sempre presentes, violando direitos fundamentais.


A lama tenta encobrir os fatos, apagar memórias e convencer que tudo precisa voltar a ser como era. Mas não vamos nos calar: a mineração não é bem-vinda, qualquer que seja o tipo de barragem utilizada ou método, porque a sua lógica é, por essência, predatória e insustentável. A dependência da exploração minerária acaba quando começa o empoderamento das comunidades na busca de outros caminhos socioeconômicos e na proteção da vida. Nós seguimos ROMPENDO A LAMA com informação e mobilização."




Clique aqui e acesse o conteúdo do jornal geral em pdf.


 
 
 

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